terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Pic-nic em Hamilton Gardens

Final de ano e verão chegando... os dias vão ficando mais compridos e o clima mais quente . . .

Pensamos num pic-nic de final de ano com a equipe do Plant and Food... convidamos primeiro a Yanming e a Lucia, dois dos muitos anjinhos que temos por aqui... ideia aprovada, hora de estender o convite...

O lugar escolhido foi Hamilton Gardens (http://hamiltongardens.co.nz/), o parque mais famoso de Hamilton...

Na parte sul da cidade, ao lado do Rio Waikato, fica esse belo parque com diversos jardins. A Yanming sugeriu o Rogers Rose Gardens (http://hamiltongardens.co.nz/collections/cultivar-collection/rogers-rose-garden), o que foi prontamente aceito por todos...


Foi um momento descontraído e alegre, com pessoas de diferentes culturas (kiwis, alemães, chineses, italianos, indianos e brasileiros, claro) aproveitando o final de tarde, após um dia de trabalho. Cada um trouxe um prato diferente e provamos desde "fish and chips" (ou como dizem aqui "fush and chups") até Sichuan spice noodles.


Final de tarde lindo... óbvio que ainda ficamos impressionados com a possibilidade de se aproveitar tão bem um espaço público... algo que não faríamos no Brasil, seja por falta de locais adequados, seja pela nossa cultura ou até mesmo por um pouco de preconceito . . .

Terminado o pic-nic, cada um recolheu os seus pratos e suas toalhas, retirou o seu lixo e deixou o lugar como havia sido encontrado. Olhamos para trás e nem parecia que, por quase 2 horas, quase 20 pessoas tinham estado lá fazendo um lanche e se divertido. A grama seguia verde e não se via sujeira no chão.

Algo simples e lógico, não?

Abraços kiwis,

Felipe e Lucimara

domingo, 24 de novembro de 2013

É nos pequenos detalhes . . .

. . que percebemos o quanto estamos distantes, enquanto país e cidadãos, do que se considera "desenvolvido".

Três momentos nos chamaram a atenção nessa última semana. . . pequenos e simples mas com imenso significado.


Flores . . .
Hamilton, NZ... estávamos pedalando num final de tarde quando vimos uma pessoa que estava praticando corrida na calçada parar. Ela virou, como se fosse entrar em uma casa, mas desviou e foi até o muro. Parou o exercício para simplesmente cheirar uma rosa. Depois, voltou a correr . . .

. . . o fato pode até parecer "piegas", mas esse episódio nos lembrou nossa casa em Bento Gonçalves, RS, Brasil... tínhamos uma planta na grade da frente da casa que emitia longos ramos após o término do inverno... o fato é que todos os ramos que avançavam através da grade em direção a calçada não duravam muito... certamente cada um que passava por lá tinha um ótimo motivo para quebrar um ramo...

Hamilton esta florida desde o inicio da primavera... as mais diversas flores, cores e épocas de florescimento... agora parece ser a vez das rosas, imensas trepadeiras que caem sobre pérgolas, muros... ou simplesmente nos jardins sem muros ou grade... e ninguém quebra, rouba uma mudinha ou destrói... esta la, para todos que quiserem apreciar sua beleza... e seguem dando cor e vida a cidade.


Ciclovias, estacionamento de bikes . . .

Sábado pela manhã, o Felipe saiu de carro e eu queria ir ao centro da cidade. Exatamente naquele horário não havia ônibus (que os kiwis reclamam da qualidade, mas que é superior a qualquer lugar do Brasil que eu já tenha morado) e decidi ir de bike. Aqui perto de casa, em Claudelands, estava acontecendo uma "Gipsy Fair", onde obviamente resolvi parar... esse espaço é fantástico, formado por um Centro de eventos, imenso gramado, playground e um Centro de Atendimento ao Imigrante... não foi difícil encontrar vários lugares para deixar a bike - em completa segurança!

Hamilton ainda é deficiente em ciclovias (para o padrão europeu), mas até hoje não tivemos problemas de locomoção... em alguns lugares onde não há ciclovias acabamos usando as calçadas, que são bastante largas e uniformes, digo - sem um buraco sequer! Esses espaços são comumente usados por idosos em carrinhos elétricos... ah, claro... existe rebaixamento em todas as calçadas, o que permite o acesso a praticamente todos os lugares.

Bem voltando ao meu pedal... cruzei o rio, empurrando a bike - porque aqui o espaço deve ser dividido entre transeuntes, bikes e os tais carrinhos  - e pude ver pelo menos uns quatro barcos a remo... detalhes da vida coletiva que passam despercebido quando estamos dentro de um carro, com vidros fechados, ar condicionado e radio ligados...

...obviamente, no centro da cidade, pude escolher onde deixar minha bike - de novo em completa segurança!


Crianças na faixa de pedestre . . .

Para fechar o post. Sábado após o almoço, estávamos indo para uma palestra. Aqui em Hamilton, a prioridade no tráfego é dos veículos, exceto quando tem faixa de pedestre. Estávamos descendo a rua e olhávamos para frente; na calçada, duas pequenas crianças - de aproximadamente 5 anos - com seus patinetes, esperavam. O carro da frente parou, o carro que vinha na direção contrária parou. Nós paramos. As crianças ficaram olhando, avaliando. O tempo passava, mas nenhum dos carros se moveu. As crianças, ainda decidindo se atravessavam a rua ou não. Então, o motorista do carro que estava vindo se decidiu... no meio da avenida, ele saiu do carro e foi ajudar as crianças a atravessar. Não precisou, pois o pai delas chegou logo depois.

Nem tudo são flores, claro, mas será tão difícil assim mudarmos o nosso país e as nossas atitudes?


Abraços Kiwis,

Felipe e Lucimara




quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Waikato River em Hamilton

Hoje deu saudade do Brasil . . . Do Brasil em que gostaríamos de viver com nossa família, nossos amigos. . .

E com qualidade de vida padrão primeiro mundo !

Não vamos falar da saúde, nem da aposentadoria, nem da educação que a gente gostaria de ter no Brasil. Até porque aqui na Nova Zelândia eles também reclamam, mesmo estando entre os 10 melhores países para se viver segundo o ranking de IDH das Nações Unidas.

Vamos falar sobre qualidade de vida nas cidades - e falar um pouquinho de Hamilton.

Hamilton (http://pt.wikipedia.org/wiki/Hamilton_(Nova_Zel%C3%A2ndia)) é a maior cidade do interior da Nova Zelândia. Se considerarmos as grandes cidades do litoral (Auckland, Wellington, Christchurch, Dunedin e outras), ela é a 4ª maior em área urbana e a 7ª maior em população com aproximadamente 185.000 habitantes.

Olhando no Google maps (https://maps.google.com.br/maps?q=hamilton+new+zealand), dá prá ver a cidade cercada de verde - Hamilton se tornou o que é por dois motivos: por estar localizada em uma região de terras férteis (que foram tomadas à força dos Maoris pelos ingleses, mas isso é uma longa história . . . ) e por ser um dos pontos mais extremos para navegação no rio Waikato, o maior da Nova Zelândia.

Afastando um pouco no Google Maps, dá para ver o Mar da Tasmânia a oeste, o Oceano Pacífico a leste e a Baía de Thames ao norte. Dá para ver Auckland (a maior cidade da Nova Zelândia) ao norte e Wellington, a capital do país, mais ao sul. Dá também para ver o lago Taupo, bem perto do Monte Ruapehu, onde nasce o rio Waikato.

Pois é sobre o Waikato River (http://en.wikipedia.org/wiki/Waikato_River) e sobre qualidade de vida que vamos falar um pouquinho hoje. Ou mostrar, pois uma imagem vale mais do que mil palavras.



Essa foto é de fevereiro de 2013, quando chegamos em Hamilton.

Aqui muitas pessoas costumam terminar o expediente de trabalho por volta das 17.00h, e isso se estende a maioria das lojas no centro comercial... e é fácil entender a razão... 07 de novembro - horário de verão - final de tarde maravilhoso... é hora de caminhar, correr, pedalar, subir rio acima de caiaque, enfim... vale qualquer atividade física ao ar livre...

Para nós, acostumados a um ritmo um pouco mais puxado, não é muito fácil desligar o computador às 17.00h, mas estamos tentando aprender ...

...hoje, por exemplo, às 17:15h estávamos em casa. Conversamos um pouco com os vizinhos (um casal de brasileiros - nossos anjos da guarda aqui na terra dos Kiwis, olha nossa sorte) e jantamos cedo. Após o jantar - hora de passear!

Fomos até a beira do rio Waikato, no Memorial Park, um dos muitos que existem na cidade (muitos deles ligados por passarelas/ciclovias).


Dá para ver ao fundo a Ponte de Hamilton East, que normalmente fica iluminada e colorida às sextas à noite.


Pena não termos nada para oferecer aos patos, bastante acostumados ao convívio humano. Há muitos pássaros diferentes por aqui... igualmente destemidos.
Final de tarde sentados na escadinha de madeira (quase dentro do rio), observando a correnteza, a vegetação nas margens do rio, pessoas remando, correndo, passeando, os patos aterrissando na água, às vezes brigando (sempre tem um chato que bota os outros para correrem ou nadarem...), e de repente... um baby duck...


...ah, aqui eles tem placa de transito avisando que ha patinhos por perto... e as vezes recebemos umas mensagens (isso no Instituto de Pesquisa) relembrando que estamos com patinhos no campus e que o cuidado deve ser redobrado!



Pois é . . . será que um dia teremos essa qualidade de vida no nosso país???

"Brasil / meu Brasil brasileiro / meu mulato inzoneiro / vou cantar-te nos meus versos!!!!!"

Abraços Kiwis,

Felipe & Lu


quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Para não dizer que não falamos de praias - Waihi

Aqui na Nova Zelândia o Dia do Trabalho não é comemorado em 1o. de maio como no Brasil e sim na quarta segunda-feira de outubro. Aliás somente alguns dos poucos feriados aqui tem uma data certa todos os anos... o aniversário da rainha, outro exemplo, é comemorado na 1a. segunda-feira de junho... (pois é, a NZ não é uma monarquia, mas ainda se comemora o aniversário da rainha - do Reino Unido!!!).


Pois bem, feriado na Nova Zelândia, resolvemos conhecer a famosa "Coromandel Peninsula" (http://www.thecoromandel.com/). Como demoramos para nos decidir quanto ao destino, em parte porque a previsão do tempo não estava lá essas coisas - encontramos tudo lotado! Optamos então por um lugar próximo à Hamilton que desse para ir e voltar no mesmo dia. E escolhemos bem o comecinho (ou finalzinho, depende do sentido de quem vê) da península - escolhemos conhecer Waihi Beach.


Waihi Beach (http://www.waihibeachinfo.co.nz/), é a praia da pequena cidade de Waihi, como o próprio nome indica (http://en.wikipedia.org/wiki/Waihi). Com menos de 5.000 habitantes, é famosa pela sua mina de ouro, estabelecida por volta de 1880.


A rua principal é bonita - e curta.


Mas lá se encontram as lojas, bancos, mercado de arte e a biblioteca !


Subindo a rua, encontramos um estacionamento (como isso é comum na Nova Zelândia!) para visitar a mina.


Na verdade, a área aberta para visitação já é a parte "desativada" da mina, porque hoje em dia a mina consiste de túneis de mais de 500 m de profundidade cavados sob a cidade. A rocha moída proveniente da extração é depositada ao sul da cidade, formando duas montanhas artificiais . . .

E esta construção, que servia como base para o "elevador" e "bombas de sucção de água" nem está no local original, vejam só. Ela ficava mais próxima à cratera, e estava ameaçada de ruir, então o pessoal a movimentou por uns 150 metros. Coisas da Nova Zelândia . . .


Depois fomos visitar o espaço mantido pela empresa que opera a mina. Pequena empresa, faturou em 2011 NZD 240 milhões . . . Como eles dependem de concessão, existe um trabalho muito grande para tornar "amigável" a operação e a empresa, e nota-se isso circulando pela cidade. A cidade vive basicamente da indústria de extração de ouro e prata, mas a indústria, pelo menos aparentemente, parece seguir as normas legais / ambientais / sociais, além de promover a região. Nos períodos onde a extração foi pouca, a cidade recebeu hippies e artistas, que ainda hoje existem por lá.






Terminada a visita à cidade, seguindo estrada, fomos em direção ao extremo norte da praia para começar a aclimatação . . .

Waihi tem 7 km de praia de areia clara; tem maior adensamento populacional nas extremidades, mas o meio dela, protegido pelas dunas e vegetação, é bem tranquilo. Aliás, como boa atração turística na Nova Zelândia, tem vários estacionamentos estruturados ao longo da praia, com informações sobre o acesso e preservação da área . . .





Na parte norte, aproveitamos para descansar um pouco e aquecer no sol . . .


Aquecidos e descansados, pegamos estrada novamente, para a outra ponta da praia.  Paramos no caminho em Bowentown . . .



. . . para apreciar Shelly Bay . . .





 . . . onde lembramos de alguns amigos do Brasil . . .


Ainda em Bowentown, fomos conhecer a saída para o mar da Anzac Bay, que fica entre a extremidade sul da Waihi Beach . . .


 . . . e a extremidade norte de Matakana Island.


(ao sul a da Matakana Island fica Tauranga, tema de um futuro post)

Obviamente, havia a estrutura de estacionamento . . .



. . . mais de um, na verdade . . .


 . . . parque . . .


 . . . e até um camping (um dos famosos Holiday Parks...).


A vista para a saída da baia é espetacular . . .


 . . . e passamos um bom tempo apreciando a paisagem . . .



Enfim, como não tínhamos nenhum hotelzinho prá pernoitar, pegamos o caminho de volta. Não sem antes dar uma paradinha para comprar aspargos recém colhidos (a NZ$ 6.00 ou aproximadamente R$12,00/kg... consegue imaginar isso no Brasil???). Engraçado que não vimos alcachofras por aqui... considerando que o clima é parecido com o da serra gaúcha no Brasil, deveríamos também encontrá-las por aqui... vamos procurar saber about the artichokes...

Então este foi nosso relato de Waihi Beach. E ainda tem muita praia para se contar !

Abraços Kiwis,

Felipe e Lucimara

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Para não dizer que não falei de planadores . . .

Tava demorando para falar de planadores . . .

Na verdade, estou voando desde o primeiro mês que cheguei aqui. Mas o processo de adaptação aos planadores diferentes, procedimentos diferentes e à fonia em inglês (com forte sotaque neozelandês), somado a alguns vícios que precisava extirpar, estão atrasando meus primeiros voos solo aqui.

O lado bom da história é que estou aproveitando os voos duplos com instrutor para fazer o check-list de voo em colina (completado), o de pouso fora e o de decolagem por guincho (em andamento). Em paralelo, sou forçado a aprimorar o pouso curto, avaliação de meteorologia, planejamento de navegação e a afinar a técnica para aproximação e curvas de alta, sem falar em voar planadores de fibra que não voo no Brasil.

Estou voando Puchacz, PW6 e quando o dia sorri, Duo Discus. Semana passada o dia sorriu para mim novamente e um dos pilotos do aeroclube de Piako, que também é dono (em um condomínio de pilotos) de um Duo Discus, me convidou para fazer outro voo.

Já tinha voado o Duo aqui na NZ. Com este mesmo piloto, que é piloto/instrutor/competidor e um dos mais experientes em voo e campeonatos daqui (tendo começado nestas mesmas colinas voando de asa delta). O primeiro voo tinha sido um voo em colina, de quase três horas (http://www.onlinecontest.org/olc-2.0/gliding/flightinfo.html?dsId=3008278). Este segundo voo combinou colina e térmicas e durou precisas duas horas.

Em condições que não tiraríamos nem os planadores do hangar em Bento . . . Vento oeste de uns 10 nós na superfície, uns 25 nós em altitude. Muitas nuvens, um pouco de frio, várias chuvas isoladas. O céu abria e fechava, o sol esquentava e a sombra das nuvens esfriava.

Mesmo assim, vários pilotos apareceram para voar e eu também estava lá !

Após ajudar os demais pilotos a voar, trabalhando como corredor de asa e "duty pilot" para controlar os tempos, o Duo pousou e a pessoa que tinha sido convidado a fazer um voo nele tinha ido embora. A oportunidade apareceu e eu, claro, aceitei ! Como o dia ainda estava estranho, o piloto pediu para fazer a decolagem e eu não o contrariei.



Voar o Duo é uma delícia. O planador é muito preciso (não tem jogos nos comandos, os movimentos necessários são curtos e os pesos nos comandos são equilibrados) e extremamente confortável. Nada de dor nas costas, como no nosso saudoso Quero-Quero, ou nos braços, no Nhapecã. Tudo funciona germanicamente . . . E nem parece que estamos em um planador de dois lugares. Giramos térmicas a +/- 80 km/h e planamos a quase 200 km/h !

Saímos de Matamata, colamos na colida do Kaimai Range, ganhamos altura e seguimos rumo norte. Contornamos o pico do monte Te Aroha (http://www.tearohanz.co.nz/sights-walks) . . .


. . . pois o tempo parecia bom naquela hora . . .


. . . e continuamos no rumo norte, na direção de Thames (http://en.wikipedia.org/wiki/Thames,_New_Zealand) e da baia de Firth of Thames (http://en.wikipedia.org/wiki/Firth_of_Thames).


Quase chegamos em Thames, mas resolvemos voltar porque o tempo estava ficando estranho (considerando que dificilmente um dia normal aqui não é estranho . . .). Muitas descendentes, mais sombreado, algumas chuvas no horizonte . . .


Tivemos dificuldade para achar algumas térmicas para recuperar altura. Então disparamos de volta, voando na faixa amarela para chegar mais rápido.


Não tinha muita opção de pouso fora não. Os Kiwis, que não são muito convencionais, já pousaram até em hipódromo . . .


Não senti muita confiança não . . .

Mas sabe como é voar . . . "ups and downs" como diz o pessoal aqui. Chegando mais perto, algumas boas ascendentes e o Duo subindo quase 3m/s a 200 km/h . . .


E foi o tempo certo. Pousamos já com chuva e ventos fortes no aeródromo. Claro que o piloto pediu para fazer o pouso nessas condições. Nem discuti . . .

Pousamos, aguardamos um pouco até a chuva passar e guardamos o planador.

Para quem quiser ver os detalhes, acesse o site da OLC: (http://www.onlinecontest.org/olc-2.0/gliding/flightinfo.html;jsessionid=4D0AA7118F8C6B1516F736E79B19E2C2?dsId=3404305). Quem tiver login, acompanhe no Google Maps que o visual é muito legal, observando o pacífico a leste, o Mar da Tazmania (mais longe) a oeste e o Firth of Thames ao norte, a Kaimai Range, o Mt. Te Aroha, a Coromandel Peninsula, enfim . . .

Pois é, de vez em quando, a gente se diverte ! !

Falta agora só eu depurar minha aproximação e pouso, conseguir autorização do CFI (Chief Flying Instructor) para voar solo e poder levar passageiro para também levar a Lucimara a voar . . . Aí, ela é que vai escrever o post . . .

Abraços Kiwis de início de temporada,

Felipe

p.s. em breve, o Duo de Bento Gonçalves estará voando também ! Vão conhecer !





quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Mt. Karioi

Mt. Karioi, ou Monte Karioi (http://en.wikipedia.org/wiki/Karioi), é um dos principais pontos de referência para quem vai a Raglan (http://en.wikipedia.org/wiki/Raglan,_New_Zealand).

É um vulcão extinto, com 756m, que compõe a paisagem da cidade.

Como muitos dos vulcões por aqui, também é um parque e possui duas trilhas estruturadas de caminhada (http://www.doc.govt.nz/parks-and-recreation/tracks-and-walks/waikato/waikato/karioi-summit-tracks/). Escolhi a que começa próximo ao mar.

Saindo daqui de Hamilton, em 1 hora de carro, sem pressa, passei por Raglan e cheguei à base do estacionamento de uma das entradas da caminhada.

Trilhas padrão NZ, com estacionamento . . .




. . . informações sobre a trilha . . .


. . . e indicações e orientações inclusive para quem caminha à noite . . .


Claro, tem que tomar cuidado com as informações e orientações . . .

Além das  setas amarelas, existiam outras da cor rosa. Encontrei uma "tramper" (como eles se chamam) que estava perdida porque havia seguido as setas cor-de-rosa . . . A cor até é gentil, mas leva para as armadilhas que os Kiwis (as pessoas, não os pássaros) colocam nas trilhas. É o chamado "pest control", para controlar (matando, claro) mamíferos introduzidos (ratos e outros) que dizimam a população local de Kiwis (os pássaros, não as pessoas) e outras aves.

Voltando à caminhada então . . .

O tempo estava muito bonito e havia previsão de chuvas à tarde. Sabendo que a caminhada até o topo demorava 3 horas ( 6 horas ida e volta), iniciei logo a subida.

A trilha começa exposta e íngreme, então aproveitei um tronco caído para descansar . . .


. . . apreciar a paisagem . . .


. . . tomar um pouco de água e comer um lanche.

Mas a caminhada mal tinha começado, então tive que seguir em frente. A trilha a partir desse ponto começa a ficar sombreada, mas a mata não é densa, apenas o suficiente para amenizar a temperatura.

Passando pelo primeiro pico, após mais de 1 hora de caminhada, olho para trás para apreciar o mar . . .


. . . neste ponto, já dava para ver ao sul, bem no centro da foto , (uma manchinha branca...) o Mt. Egmont/Taranaki (http://pt.wikipedia.org/wiki/Monte_Egmont), que esperamos poder colocar em um futuro blog . . .


. . . ao norte, Raglan . . .



. . . e a oeste o Pico do Mt Karioi. Ainda faltava bastante para caminhar, a previsão da placa parecia correta e o tempo começava a mudar ao fundo.


Apertei o passo, utilizando os bastões de caminhadas, até chegar ao pico. O site do DOC (Departamento de Conservação) dizia que a trilha estava boa e seca, o que não era muito preciso no que se refere ao trecho final. Um pouco de lama, nada muito absurdo, mas longe de estar seco. Ou de repente, o conceito de "seco" para eles é diferente . . .

No pico, eles tem instalado estações de rádio e celular, abastecidas por painéis solares, com inclusive um mini heliporto (ou uma plataforma), onde provavelmente eles descarregaram o material para instalação e manutenção dos equipamentos. Ao fundo, dá para se ver (com um pouco de esforço e imaginação) os geradores eólicos instalados na montanha. Legal a impressão que passa de captação de energia limpa.


Aproveitei a parada para fazer outro lanche (ia precisar da energia para a volta) e descansar (cochilar um pouco).

Descansado e alimentado, fui até a parte sul do pico apreciar a paisagem e meditar, tendo como companheiros distantes Mt. Ruapehu (do lado esquerdo) e Mt. Taranaki (do lado direito, mas já encoberto pelas nuvens) . . .



Após umas boas horas lá em cima, verificando que o tempo estava mudando . . .


. . . tomei o rumo de volta.

A vantagem é que a caminhada agora seria, na maior parte, descida. Efetivamente foi tranquila (normalmente já é) e mais rápida. Carro no estacionamento, tudo certo.

No caminho para casa, ainda parei em Manu Bay (http://www.raglan23.co.nz/about-raglan/manu-bay-raglan/). Escreveremos sobre Manu Bay (http://nzsurfguide.com/surf_breaks/waikato/manu-bay), considerada um "world class point break" for surf e cenário do filme "Endless Summer" (que não acho que já tenha assistido, mas tudo bem...), em um futuro blog.

Estava um dia com ondas fracas . . .


. . .  e mesmo assim, o pessoal estava na água surfando . . .


Depois de mais um tempo apreciando, agora o surf, voltei para a estrada e segui para casa.

Não consegui evitar em dar uma última olhada para trás e ver o sol se ponto ao lado de Mt. Karioi . . .



Mais uns minutos e por fim segui caminho.

Feliz !

Abraços Kiwis,

Felipe e Lucimara